Unrecognized Nations – Lançamento mundial

O 4 de julho de 2020, dia da independência dos EUA, foi escolhido para o lançamento mundial da versão em inglês do livro Uma viagem pelos países que não existem. O nome foi adaptado para Unrecognized Nations – Travels to countries that do not Exist. (Compre aqui)

Unrecognized Nations
Unrecognized Nations – Travels to countries that do not Exist

Rapidamente chamou atenção da mídia internacional e dois dias depois já estava na página principal da CNN Internacional. A matéria foi replicada em dezenas de países e línguas, do espanhol ao árabe.

CNN Unrecognized Nations
CNN – What is like to visit a country that doesn’t exist

Muitos outros portais e agências de comunicação fizeram outras matérias e fui entrevistado por programas de rádio, TVs, revistas e jornais que foram publicados em diversas línguas também. Quem se interessar, existe uma aba chamada “Mídia” no menu onde é possível acessá-las.

Islândia (com crianças)

Quando fomos para a Islândia, em meados de 2018, o Gabriel tinha dois anos e meio e a Bibi estava gravida da Teresa. Meus pais, irmãs e respectivas famílias também viajaram junto.

Vinhamos de uma viagem de Motorhome pelas Highlands da Escócia, e acabamos optando por não viajar desta maneira pela Islândia. É muito comum o uso de campervans, mas com crianças pequenas achamos melhor ter mais espaço.

Inicialmente pensávamos em dar a volta em toda a ilha, pela famosa Ring Road. Mas novamente o bom senso falou mais alto, e apesar de termos tempo, fizemos uma viagem mais tranquila, sem correria, de carro pela porção sul do país.

Foi a decisão acertada, pois existem diversas atrações ao longo da estrada principal, e pudemos viajar no ritmo das crianças (meu sobrinho Alfredo tem a mesma idade que o Gabriel).

Não vou entrar em detalhes da viagem. Acho que não teria muito a acrescentar que já não esteja nos guias de viagem. É um país belíssimo, com natureza absurda! Caríssimo também, provavelmente o país mais caro que já visitei. Daqueles que não tem opções para economizar, pois até os mercados ou restaurantes de imigrantes são caros. Mas vale muito a pena!!! Cada “esquina” uma nova surpresa. Além das grandes atrações, diversas paisagens, cachoeiras e lugares secundários para serem descobertos.

Nos hospedamos em hotéis e Airbnb. Tentando ficar mais de uma noite em cada lugar. Entre zigue-zagues, fomos de Reykjavik até Jökulsárlón e usamos algumas cidades do caminho como base. Total de 10 dias de viagem.

Além da natureza exuberante, não poderia faltar alguma experiencia cultural. O prato tipico Hákarl, carne de tubarão putrificada, foi apreciada por todos, inclusive o Gabriel, que junto comigo foi quem mais comeu.

Um pouco do que vimos por lá:

  • Gulfoss
  • Haukadalur
  • Thingvellir
  • Kerio
  • Seljalandsfoss
  • Kvernufos
  • Vatnajökull NP
  • Jökulsárlón glacier lagoon
  • Skogafoss
  • Fjaorárgljúfur
  • Reynisfjara/Dyrhólaey
  • Arredores de Hvolsvollur
  • Stokkseyri / Eyrarbakki / Þorlákshöfn /
  • Reikjavic

Blue Lagoon

Estrada

De Motorhome pelas Highlands (com crianças)

Sempre que possível, meus pais gostam de reunir toda a família para viajar junto. O estilo das viagens varia bastante. Alguns anos atrás, fizemos a nossa primeira viagem de Motorhome, pelas montanhas do Canada. Foi aprovadíssima a experiência. Uma versão mais tranquila e estruturada dos acampamentos que fazíamos pela América do Sul nos anos oitenta.

Desde a viagem ao Canadá, a família aumentou. Nasceram meu filho Gabriel e meu sobrinho Alfredo. Acaba ficando ficado mais difícil de reunir toda a família, pois somando todos os núcleos familiares somos doze pessoas.

Todos estavam na expectativa sobre o novo destino de viagem. Chegamos a cogitar a Ilha de Galápagos, mas foi vetada devido à incompatibilidade da idade das crianças. A sugestão das Highlands Escocesa foi muito comemorada.

Viajar de motorhome nos daria uma flexibilidade extra para viajar com crianças pequenas, já que horários de dormir e comer seriam facilmente respeitados. Nos daria também liberdade para explorar a natureza e pequenos lugarejos, onde nem sempre teriam estrutura para receber tanta gente.

Cada núcleo familiar chegou em diferentes datas em Edimburgo, e teve seu tempo para conhecer a cidade e também de adaptação ao fuso horário. Ficamos hospedados em um Bed and Breakfast, pois motorhome definitivamente não combina com cidades maiores. Aproveitamos muito a bela cidade, mas depois de alguns dias todos já estavam contando os minutos para o inicio da grande aventura.

Já nos arredores de Edimburgo, em Kelty, buscamos os dois motorhomes que havíamos alugado, aprendemos rapidamente como tudo funcionava e pegamos a estrada. Inicialmente levamos um susto, pois eram bem menores que os motorhomes que havíamos alugado no Canada. O convívio em família seria intenso, brincávamos que era um verdadeiro Big Brother . Mas a ideia da viagem era uma convivência em família, não?!

A viagem começou devagar, até nos acostumarmos com a mão inglesa e treinarmos nossos reflexos. Ninguém era acostumado a dirigir um “ônibus”, muito menos do lado contrario da pista.

A Escócia tem fama de ter tempo bastante chuvoso. Quando falei que iria para lá, muitas pessoas me desejavam sorte quanto ao tempo. Na nossa primeira parada, Stirling, o clima estava tipicamente escocês. Nada do Sol que fizera em Edimburgo nos dias anteriores. Uma fina garoa cobria o Monumento dedicado ao herói escocês Willian Wallace, assim como a histórica ponte de pedra e o Castelo.

Seguimos viagem até o camping que havíamos reservado, na beira do Loch Lomond, 65 quilômetros adiante. Mesmo tendo cozinha, banheiro e camas no Motorhome, sempre buscávamos campings para estacionar. Muito mais aconchegantes, banheiros amplos e toda a estrutura que precisávamos. Existem detalhes que muitas vezes não lembramos sobre o uso de motorhome. Sempre precisamos abastecer de agua, e tirar o esgoto em lugares determinados. Atividade necessária, mas não muito glamorosa. Acabava gerando muitas piadas e sorteios para ver quem seria o sortudo a executa-las.

Estes campings com estacionamentos para motorhome, muitas vezes tem casas para veraneio, e estão localizados em lugares belíssimos. Viajar no verão, com os dias longos, faz com que a viagem renda bastante. Depois de um longo dia, um belo jantar e tudo organizado, ainda é possível tomar uma cerveja vendo o por de sol as onze da noite.

As estradas são boas, mas bem de interior, portanto não se viaja muito rápido. Havíamos programado a maior parte das paradas, mas deixamos para fazer algumas reservas ao longo do caminho, dependendo de como a viagem ia se desenvolvendo.

Pouco antes de Glencoe que as montanhas começam a aparecer. Belas paisagens, mas infelizmente nem sempre é fácil de parar ao lado da estrada, pois muitas vezes não tem acostamento. Com frequência os estacionamentos das vistas panorâmicas estavam lotados de carros também. Para quebrar a viagem, nada como parar no Clachag Inn para almoçar, com visual incrível das montanhas. É uma região muito procurada para trekkings, com trilhas de diversos níveis de dificuldade.

Numa estrada muito cênica, seguimos até Fort Williams, onde dormimos na beira de um rio aos pés de Bem Nevis, a maior montanha da Grã Bretanha ao lado. A estas alturas, muitas placas já eram bilíngues. No interior da Escócia, além do inglês se fala o Gaélico, portanto para não ofender os locais, melhor se referia à montanha como Beinn Nibbheis.

Os fãs de Harry Potter ficaram um pouco decepcionados por não conseguir pegar o trem das histórias do personagem. Todos os bilhetes já estavam vendidos online e mesmo tentando alguma desistência em cima da hora não foi possível terem esta experiência.

O belo viaduto de Glenfinann não fica longe, e tem hora marcada para o trem passar. Todo mundo se programa para estar lá na hora certa, um teste para as habilidades já adquiridas de dirigir um motorhome.

Em Mallaing, acabamos perdendo o ferry que leva até a Ilha de Sky por poucos minutos. Por sorte conseguimos trocar os nossos bilhetes e embarcar no ferry seguinte. Passaríamos duas noites na pitoresca Portree, com suas casinhas coloridas na beira de uma enseada cheia de barcos ancorados.

Havia lido que a Ilha de Sky era um dos pontos altos da viagem, mas mesmo assim surpreendeu, e muito. Ponto alto da viagem com certeza. A caminhada pelas formações rochosas de Old man of Storr, a cachoeira que, mesmo com pouca agua, cai na praia. O visual das falésias Kilt Rock e para finalizar a incrível vista de Quirang.

Tudo isto com diversas paradas e circulando a ilha. O próprio caminho já é um excelente programa, passando por vilarejos de pescadores e belas paisagens.

Saímos da ilha pelo lado oposto de onde entramos, desta vez utilizando uma ponte. Dormiríamos em Loch Ness, mas antes nos dedicamos a conhecer o pitoresco Castelo Eilean Donan, estrategicamente construído na beira do lago.

As viagens nunca eram muito longas, então mesmo com as paradas acabava sobrando tempo livre. Tentamos nadar no Loch Ness,  lago que se popularizou com a historia do monstro que viveria ali, mas acabamos desistindo. Não por acreditarmos na lenda, mas pela temperatura da agua mesmo. Não era dos mais limpos também. Acabamos fazendo hambúrgueres em churrasqueiras descartáveis, muito utilizadas por ali.

Vínhamos tendo muita sorte com o tempo desde Stirling, mas nossa visita ao castelo Urquhart foi com garoa novamente. Mas isto não impediu que o Gabriel se divertisse muito colocando capacete e segurando espadas dos cavaleiros.

Iverness é considerada a capital das Highlands. Não chega a ser grande, mas muito maior que qualquer cidade que havíamos passado desde a saída de Edimburgo. Passeávamos pelo agradável centrinho, nas intermediações do castelo, quando uma grande manifestação se aproximou. Bandeiras azuis e bancas tremulavam por todos os lados, gritos eram entoados pedindo a Independência da Escócia. Demandavam novo plebiscito e separação do Reino Unido. O sentimento nacionalista e insatisfação com o governo central em Londres foram reacendidos com o Brexit.

A viagem já se aproximava do final, mas não antes de conhecer a Destilaria de Whisky  Dalwhinnie. Tour para conhecer os segredos da bebida local e degustação moderada, afinal precisávamos chegar à charmosa Pitlochry, onde passaríamos nossa ultima noite antes de voltar para Edimburgo.

Se por um lado a tristeza tomava conta pelo fato da viagem pelas Highlands escocesa estar terminando, a empolgação crescia com a proximidade do próximo voo. De Edimburgo iriamos para Reykjavik, capital da Islândia. Mas esta já é outra viagem…

Artigo originalmente escrito para a Revista Top Destino 149.

Viagem feita em 2018.

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São quase 300 paginas, recheadas de fotos mapas e muitas histórias. Quem assina o prefácio é o Jornalista André Fran, Diretor e Apresetador dos programas Que Mundo é Esse e do consagrado Não Conta lá em Casa.

Segundo ele: “ não se trata aqui de um amigo comum, senhores. Nada disso. Mas aquele companheiro de viagem que estudou a fundo a história dos países que estão no roteiro, que está disposto a encarar a ocasional “roubada” para ter uma vivência mais realista dos locais visitados, e cuja curiosidade legítima faz a gente ansiar pela próxima aventura (e pela próxima página).”

Vamos juntos tornar estes cantinhos esquecidos cada vez mais conhecidos. Pode ser um guia de viagem com informações valiosíssimas, mas também é uma alternativa de conhecer lugares quase inacessíveis sem sair do conforto de suas casas.

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